20 de janeiro de 2011

ANO COMEÇA COM CRISE DIPLOMÁTICA - LULA NEGOU EXTRADIÇÃO DE BATTISTI

     O italiano Cesare Battisti, preso no Brasil porque estava foragido da justiça italiana em terras verde e amarelas não vai ser extraditado como queria o governo da Itália. Ele é acusado de cometer crimes políticos.
     Em um de seus últimos atos o presidente Lula seguiu o parecer da Advocacia Geral da União (AGU) e em dezembro vetou o pedido de extradição, assim Battisti fica no Brasil, asilado.
     STF
Battisti detido pelo COT, da PF
     Preso em 2007 pela Polícia Federal do Brasil, Cesare é acusado de participação em diversos assassinatos cometidos entre 1977 e 1979. Ele é um ex-membro de um partido comunista italiano “Proletários Armados pelo Comunismo” e foi condenado a prisão perpétua, mas jamais cumpriu pena. Ele nega as acusações.
     No ano passado o relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o presidente Cezar Peluso deixaram a decisão final para Lula julgar, seguindo as cláusulas dos Tratados Internacionais.
     Crise
     O então chanceler brasileiro, Celso Amorim afirmou que não há motivo para crise e que o Brasil não deve temer retaliações por parte da Itália, visto que o país se pautou nos Tratados Internacionais e manteve sua soberania, dando asilo ao foragido que nega as acusações.
     Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, disse que a decisão de Lula é “incompreensível e inaceitável”.
     Continua à custa do Brasil
     Cezare continua preso e seu caso será julgado novamente, dessa vez pelo Supremo e segundo Peluso se ficar decidido que o “Tratado” não foi seguido Battisti terá de ser extraditado, caso contrário ele será solto e poderá viver em terras brasileiras. A um jornal italiano Battisti disse que esse segundo julgamento é “absurdo” e “impensável” em outros países.
     Perseguido pela justiça
     Em entrevista ao jornal “Brasil de Fato” o italiano preso no Brasil disse se sentir perseguido pela justiça brasileira e avaliou bem a decisão de Lula de julgar sua extradição no fim do mandato: “Virei uma moeda de troca
para muitas coisas. Se o Lula desse essa decisão antes, iam em cima dele, porque me derrotar também é derrotar o Lula.” Antes, a um jornal italiano, Battisti chamou Lula de corajoso por tomar essa decisão. Ele ainda afirma que a pressão para entregá-lo para os italianos é uma forma de tentar enfraquecer a nova presidenta - “Agora, o objetivo principal da direita brasileira, nesse caso, é afetar o governo Dilma”.
     Por ser acusado de crimes políticos há muitas correntes, inclusive no Brasil, que defendem Battisti e afirmam que ele é inocente e acusado de assassino apenas por se posicionar contra o governo italiano.

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